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No primeiro dia de bandeira preta, movimento é calmo no Centro

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Fotos: Anselmo Cunha (Diário)

Quem passava pelo Calçadão Salvador Isaia na manhã deste sábado poderia achar que estava em meio a um feriado. Diferente de um sábado "normal", que pedestres passam quase se trombando, o clima do primeiro dia de bandeira preta em Santa Maria era outro: muitas portas fechadas e poucos consumidores.

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No final da manhã, o Diário percorreu as principais vias do Centro, e a maioria das lojas que estavam com o atendimento ao público eram aqueles estabelecimentos considerados essenciais, como farmácias, óticas, ferragens, além de lojas que comercializam itens de higiene e alimentação.

A reportagem flagrou duas lojas de móveis e eletrodomésticos com as portas abertas. Uma delas, com fita de isolamento, não permitia a entrada de clientes, mas fazia atendimento na porta. Já a outra continha avisos de higienização e uso obrigatório de máscara, mas não impedia que as pessoas entrassem no local, além dos funcionários estarem trabalhando sem o distanciamento de 8m². Outro estabelecimento, também do mesmo setor, estava aberto, mas por meio de um cartaz informava que o atendimento só estava sendo feito se fosse relacionado a pagamento. Entretanto, o que aponta o decreto estadual, é que essas situações não são permitidas.

Ao Diário, a prefeitura respondeu que "não é permitido acesso ou qualquer forma de atendimento presencial de clientes em lojas de produtos não essenciais, somente venda e entrega de produtos de forma remota, apenas tele-entrega. É importante salientar que algumas atividades preenchem os requisitos de serviços essenciais, conforme o artigo 24 do Decreto Estadual 55.240/2020, portanto, podem manter as portas abertas". O Executivo disse ainda que equipes da força-tarefa da Fiscalização Integrada Municipal estão nas ruas nos três turnos para orientar a população e averiguar denúncias, mas não informou se houve notificação em algum estabelecimento.

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No paradão da Avenida Rio Branco, dezenas de pessoas esperavam ônibus, mas em um número bem menor do que em dias comerciais sem restrições. Uma das passageiras era a aposentada Dorli de Bem Chaves, 70 anos, que conta que só foi até o Centro neste sábado porque precisava pegar o óculos do seu filho, e notou o movimento mais fraco:

- Eu só sai de casa hoje porque precisei, mas dá para notar que tem menos gente na rua. Desde o  começo da pandemia eu estou me cuidando muito, ficando em casa, e estou bem. As pessoas precisam seguir as recomendações, tem que fazer o que os médicos mandam, se cuidar - comenta Dorli.

O taxista Roger Felin, 46 anos, que trabalha no ponto da Rio Branco, conta que na sexta o movimento foi grande, o contraste da manhã deste sábado:

- Acho que o pessoal ficou com medo que tudo ia fechar hoje e por isso saiu ontem (sexta). Hoje o movimento diminuiu muito, está bem fraco. Isso nos preocupa, porque vamos ter menos passageiros, e tem muitos aqui que vivem só da renda do táxi - fala o taxista.

O QUE PODE FUNCIONAR
Durante a vigência da bandeira preta, só pode funcionar aqueles estabelecimentos essenciais, ligados a saúde, alimentação, higiene, segurança, obras, etc. O restante do comércio, como lojas de roupas, calçados, acessórios e decoração, não podem atender ao público. A única forma de trabalho é por tele-entrega e teleatendimento, com presença de um trabalhador, com máscara, para cada 8m² de área de circulação.

Bandeira preta: entenda as regras de funcionamento que valem a partir de sábado

O comércio essencial, que inclui mercados, farmácias, açougues, padarias, entre outros, pode funcionar com atendimento ao público até as 20h, quando deve fechar para atender a suspensão geral e temporária de atividades, que vigora pelo menos até as 5h do dia 2 de março. Nesses casos, também é preciso obedecer a lotação (trabalhadores mais clientes) de uma pessoa, com máscara, para cada 8m² de área útil de circulação, respeitando limite do PPCI, além de funcionar no modelo tele-entrega, pague e leve e drive-thru.

COMO DENUNCIAR
Quem flagrar algum estabelecimento em desacordo com as regras vigentes deve fazer uma denúncia ao poder público

  • Pelo telefone 153
  • Pelos Whatsapps (55) 99271-8122, (55) 99167-4728 e (55) 99167-8452

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